Não obstante as dificuldades e desafios colocados pela pandemia atual, a Universidade do Minho (UMinho) destaca-se internacionalmente com as suas tecnologias de ponta, sendo estas reconhecidas pelos principais Institutos de Patente do mundo. Nos primeiros 8 meses do ano, a UMinho obteve a concessão de 3 patentes referente a igual número de tecnologias em diferentes áreas do conhecimento.

O Instituto de Marcas e Patentes dos Estados Unidos (USPTO) concedeu, em março, a patente US 10.590.296 referente à invenção “Piezoresistive ink, methods and uses thereof”. A tecnologia desenvolvida pelo Departamento de Física da UMinho, pelos inventores Senen Lanceros Mendez, Pedro Costa, Juliana Oliveira, Bruna Gonçalves e Sergio Galvàn, em parceria com a empresa Dynasol Elastomeros, SA., possui potencial de aplicação nas áreas de eletrónica, biomédica ou automóvel. A patente já foi, aliás, licenciada à empresa Nanopaint, Lda. (Spin-off da UMinho) que atua na área do desenvolvimento e comercialização de tintas eletroativas para serem aplicadas como sensores.

Ainda nos Estados Unidos da América, mais uma patente foi atribuída: a US 10.709.655 tem como inventores o Artur Cavaco Paulo, Célia Cruz e Margarida Fernandes, desenvolvida pelo Departamento de Engenharia Biológica, foi concedida à UMinho no mês de julho. A patente “Peptide composition and respective uses” refere-se a uma composição peptídica para o tratamento do cabelo ou pelo sob a forma de um fortalecedor do cabelo humano ou do pelo animal. Esta tecnologia foi licenciada e está a ser explorada pela SOLFARCOS - Soluções Farmacêuticas e Cosméticas, Lda., que foi constituída em 2016 como uma empresa spin-off da UMinho. As principais áreas de atividade deste spin-off são o desenvolvimento e comercialização de produtos farmacêuticos, cosméticos e técnicas analíticas para aplicação em biotecnologia.

A boa notícia do Instituto Europeu de Patentes (EPO) chegou em agosto com a concessão da patente com o n.º EP3318323, referente à tecnologia desenvolvida por Carlos Tavares e Juliana Marques do Departamento de Física, com a epígrafe “Micro ou nanocápsulas com propriedades fotocatalíticas para libertação controlada de agentes difusores e método de obtenção do mesmo". Esta tecnologia está licenciada à Photocapsules, Lda.

O processo de proteção destas tecnologias contou com o apoio da equipa da TecMinho, em especial do Gabinete de Apoio à Promoção da Propriedade Industrial (GAPI), o qual participou ativamente em todas as etapas do processo, contribuindo nas discussões prévias com os investigadores quanto aos requisitos de patenteabilidade, apoio na elaboração dos pedidos de patente e nos processos de submissão dos pedidos junto dos diferentes Institutos, incluindo a mediação na interação examinador / investigador em sede de exame dos pedidos e apresentação das respostas técnicas.

O trabalho da TecMinho prossegue mesmo após a concessão da patente, continuando a parceria com os investigadores no acompanhamento dos processos e na gestão do portfólio dos ativos intelectuais da UMinho, tendo em vista a valorização dos mesmos.